Resenha: O que estão fazendo com a igreja – Ascensão e queda do movimento evangélico brasileiro
Lançado em 2008, mas bem atual,O que estão fazendo com a igreja – Ascensão e queda do movimento evangélico brasileiro (Augustus Nicodemus) - para mim,
é considerado um clássico, não só para cristãos mais experientes, digamos assim,
que querem saber como anda o movimento evangélico brasileiro de uma ótica
reformada e/ou sistemática, mas também para aqueles que estão chegando agora e
têm pouca ou absolutamente nenhuma noção de como está o cenário evangélico
nesses dias, aliás, o uso desse termo (evangélico)
é discutido logo no primeiro capítulo. Como nos classificar: Cristãos,
evangélicos, protestantes ou reformados? A direção que o movimento está
tomando, provocou um “distúrbio de classificação”, onde até mesmo dizer “sou
evangélico”, pode abordar muitas outras coisas das quais não queremos fazer
parte, por exemplo, se digo que sou evangélico
posso ser confundido com neopentecostais,
o que não seria nada agradável.
O livro tem 201 páginas e é dividido em seis
partes, cada uma referente a um grupo que você vai entender melhor a seguir, continue
lendo que eu vou falar de cada um deles resumidamente:
1ª
parte: Neste bloco, o autor já começa com uma forte indagação: O que aconteceu com os evangélicos no
Brasil? Sendo também o título do capítulo. Neste capítulo, ele nos dá um
breve histórico de como tudo veio parar onde parou e, na sequência, no capítulo
dois, Augustus fala da alma católica dos
evangélicos no Brasil, hábitos e práticas que não abandonamos mesmo após a
conversão. Algo bem introdutório mesmo.
2ª
parte: Bem, aqui existem 13 capítulos bem curtos onde o autor apresenta e
aborda muito bem sobre os liberais,
suas características, heresias e como eles têm se infiltrado mais e mais na
igreja. Três capítulos que destaco são: Não
se fazem mais liberais como antes, capítulo três, É claro que há mitos na Bíblia! E Liberais levam cano dos católicos, capítulos sete e quinze
respectivamente.
3ª
parte: Nesta parte, em apenas quatro capítulos, Nicodemus trata dos
neo-ortodoxos. A partir do capítulo dezesseis, no qual começa este bloco, lemos
sobre as influências liberais que sofreram os neo-ortodoxos, as quais Augustus
chama, num subtópico, de crítica
destrutiva à Bíblia em seu método de interpretação bíblica, dentre outros
assuntos abordados.
4ª
parte: Na antepenúltima parte, conhecemos os libertinos que, apesar de terem o nome bem parecido com os liberais
“[...] são diferentes. [Eles] também
mencionam a liberdade cristã, a liberdade de consciência e a liberdade da lei,
só que querem também ser livres de Deus e do próximo. Não percebem a liberdade
dada por Cristo como um estímulo para viver em obediência a Deus e serviço ao
próximo, mas como uma licença para serem livres para fazerem o que tiverem
vontade [...]”. Este bloco é formado por quatro capítulos.
5ª
parte: Já neste bloco, divido em cinco capítulos, vemos expostas as facetas e
tramanhas dos neopentecostais,
não desses que você imagina, mas sim dos “neopentecostais meia-boca”, como o
autor os chama, se referindo aos líderes de denominações grandes e tradicionais
que seguem a influência do atual boom
neopentecostal, como meio de atrair mais pessoas. No fim das contas, suas
igrejas permanecem vazias como nunca.
6ª
parte: E para encerrar, na sexta e última parte, dividida em rápidos quatro
capítulos,
Temos
uma breve passagem pelos Fundamentalistas,
reformados e puritanos. O autor encerra com uma maravilhosa declaração:
“[...] creio ser necessário um genuíno quebrantamento espiritual entre os pastores, que nos humilhe diante de Deus, nos leve a sondar nossa vida e ministério, a renovar nossos compromissos pastorais, buscar a plenitude do Espírito Santo e a buscar Sua glória acima de tudo[...]”.
Um livro
realmente incrível, dei 4 estrelas no Skoob, indico mesmo e pretendo reler esta
maravilhosa obra novamente em breve. Até a próxima!
Especificações
Autor: Augustus Nicodemus
Páginas: 208
Editora: Mundo Cristão
Sinopse: Um manifesto reformado Desde 2005, três amigos se revezam nos
comentários sobre os mais diversos assuntos que se referem à vida da
igreja e à sociedade. Em comum, a pena afiada, a identidade reformada e o
zelo pela fé cristã. O palco escolhido por Augustus Nicodemus, Mauro Meister e Solano Portela é o blog O tempora, O mores
(Que tempos os nossos! E que costumes), referência à célebre frase de
Cícero (106-43 a.C). Dentre as centenas de textos postados por eles, Augustus Nicodemus
selecionou alguns dos seus para se projetarem além da blogosfera, e
assim oferecer suas percepções sobre a igreja evangélica e sobre o que
entende ser a ascensão e queda do movimento evangélico brasileiro.
Liberais, neo-ortodoxos, libertinos e neopentecostais, não escapam da
escrita certeira de Augustus, cujo objetivo com a publicação de O que
estão fazendo com a igreja vai muito além da simples (e saudável)
polêmica. Seu desejo é fortalecer os que insistem em seguir a fé bíblica
conforme entendida pelo cristianismo histórico. Sem esquecer as mazelas
de conservadores, fundamentalistas e neopuritanos, Augustus traça um
panorama do complexo cenário evangélico com a firmeza que lhe é
peculiar.
Livro interessante! gostei da resenha. João Vitor deixe o seu perfil do skoob.
ResponderExcluirMuito obrigado, Kelly! Desculpe-me pela demora para te responder. Continue nos acompanhando. Segue link da minha estante:
Excluirhttps://www.skoob.com.br/estante/livros/todos/2237975