O HOMEM BÍBLICO - Stuart scott

14:40 João Vitor Araújo 0 Comments




Bom pessoal, estou de volta com mais um livro para vocês. E o livro de hoje é o excelente O homem bíblico, de Stuart Scott, como puderam ler acima. O livro é voltado para os temas masculinos, onde aborda sobre masculinidade, obviamente, liderança e decisões.
  No início do livro Stuart nos expõe três tópicos, os três aspectos da providência divina, que são eles:
1 – Provisão na Salvação: Tivemos a maior provisão de todas, Deus, antes da fundação do mundo, proporcionou a nossa salvação por meio do cordeiro.
2 – Provisão na Santificação: Temos o céu, Cristo, como alvo e isso é mais do que o suficiente para seguirmos em frente, sempre avante, perseverantes. “Devemos batalhar para manter uma perspectiva celestial e colocar toda a nossa esperança em nosso futuro com Cristo”. O Espírito nos instrui e nos guarda, nos fortalece e nos guia pelo reto caminho.
3 – Provisão na Glorificação: Deus nos salvou e devemos nos manter firmes, sempre visando mais e mais o alto, sabendo que por nós mesmos nunca conseguiríamos, e sabendo que seremos glorificados, não mais nos corromperemos, não mais entristeceremos o Espírito Santo.
   Qual o perfil da masculinidade cristã? O homem caiu em extremismos, sendo machistas e autoritários ou passivos e efeminados. Desde a queda de Adão o homem perdeu a base, está desorientado, não tem absolutos  e muitos menos tem Deus como referência. Neste segundo capítulo temos características que compõem o verdadeiro homem, logo, aquele que é hospitaleiro, líder-servo, humilde, protetor, enfim, aquele homem que deseja e se esforça para ser como Cristo.
  No terceiro capítulo temos a base bíblica da masculinidade no casamento. Mesmo tendo em vista os casados ou os que estão prestes a casar, temos instruções que podem ser aplicadas em todas as esferas da liderança e masculinidade. Scott explica que o homem e a mulher são iguais perante Deus em posição e pessoa, ambos são posicionados como criaturas feitas à Sua imagem e semelhança, mas o que diferencia um do outro (além de aspectos físicos) é que Deus simplesmente escolheu o homem, no que tange a liderança, para ser o líder do lar. Isso torna a mulher incapaz de fazê-lo? De forma alguma, mas Deus não a escolheu para tal função e temos que obedecê-lo. Scott nos dá o belo texto de 1Co. 11:3, onde Paulo nos demonstra a importância da liderança do homem em comparação com a liderança de Cristo na igreja.
  O restante dos capítulos segue falando e instruindo o homem a respeito de sua função no casamento. No quinto capítulo temos, com mais detalhes, o que é ser o líder do lar, Stuart nos dá uma série de instruções separadas por tópicos e subtópicos, um verdadeiro rio de sabedoria onde veremos como e quando agir, supervisionar, tomar decisões  e é sobre essa tomada de decisões que o sexto e último capítulo se inicia. Temos conceitos e diferenciação de termos, como diz o autor, sobre a vontade de Deus declarada, revelada, sobre a soberania de Deus, o misticismo pegajoso do homem, providência divina e sabedoria.
  No final do livro temos quatro apêndices. Na primeira, temos um breve destrinchamento sobre um inimigo da masculinidade cristã, a cobiça, estudamos sua definição, explicação, vemos o quão destruidora e astuta é a cobiça, mas somos instruídos a fazermos um auto exame, respondendo honestamente uma série de perguntas objetivas, somos encorajados a sermos transformados e aprendermos a como vencer tentações duras e ferozes com versículos e fuga, devemos fugir para Cristo, nosso refúgio.
   Na segunda apêndice temos uma planilha (que eu não preenchi, pois o livro não era meu) onde temos um cronograma e, depois de um tempo, uma linha de progresso.
    Na terceira temos os mais comuns enganos que o próprio homem produz, como “meu pecado não afeta os outros”, “pela última vez” etc. Um excelente mural que expõe as mais íntimas máscaras.
   Na última apêndice Stuart Scott explica a vitimização que o homem faz de si mesmo, colocando a culpa nas circunstâncias, nas situações e até mesmo nos outros. “A Bíblia ensina claramente que somos sempre responsáveis pelo nosso próprio pecado, independente das circunstâncias – não pelos pecados dos outros, mas pelo nosso próprio pecado”.

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Calvinismo – As antigas doutrinas da Graça - Paulo Anglada

13:52 João Vitor Araújo 0 Comments


    Lançado originalmente em junho de 1996, o livro de Paulo Anglada é um verdadeiro guia de estudos para quem está iniciando nos estudos da Teologia Reformada.  Divido em 8 capítulos ramificados em subcapítulos, o livro, como já dito, aborda temas da superfície do iceberg gigantesco que é o Calvinismo. Com uma linguagem simples e objetiva, o livro nos causa fervura de pensamentos e nos dá uma gama muito grande de temas para estudos mais aprofundados, então, como de costume em minhas resenhas, vamos falar um pouco sobre cada capítulo:

1. Logo de cara temos a pergunta: O que é Calvinismo? E então Paulo Anglada nos responde, dentre interpretações próprias, com uma inigualável citação de Spurgeon, onde ele fala que o Calvinismo nada mais é do que o Evangelho apelidado. Nesse mesmo capítulo, temos um breve histórico da TULIP, um contraste com os cinco pontos do arminianismo e a explicação da essência do Calvinismo, tudo fixado com as mais comuns objeções, o que encerra todos os capítulos.

2. Neste capítulo, Anglada, depois de nos dar uma visão geral do que abordaria no livro, nos reserva um espaço dedicado inteiramente à breve explicação de um dos pontos do Calvinismo, aqui temos a exposição do ponto Depravação Total, tudo devidamente referenciado nas Escrituras e em comparações com as principais Confissões de fé.

3. No terceiro capítulo o autor aborda  Eleição Incondicional, usando o mesmo molde do capítulo anterior: referências bíblicas e trechos das confissões de fé, encerrando com objeções.

4. Já neste capítulo, o ponto abordado é Expiação Limitada, onde nos mesmo moldes, novamente, o autor nos explica o conceito e  lógica deste ponto da TULIP. No fim do capítulo, mesma coisa, objeções.

5. Quando chegamos no quarto ponto do Calvinismo, Graça Eficaz ou Graça Irresistível, o autor abre o capítulo com uma referência em Romanos 8, usando-a para explicar a lógica bíblica desta doutrina. Aqui também temos a mesma estrutura dos capítulos anteriores: Referências Bíblicas + Comparações com Confissões de Fé e Doutrina Arminiana. Um pequeno esquema é inserido neste capítulo para explicar a diferença entre Graça Comum e Graça Especial. No final, objeções mais comuns seguidas de uma breve conclusão.

6. No quinto, último, porém não menos importante ponto do Calvinismo, Perseverança dos Santos, Paulo Anglada nos expõe este tema naquela nossa mesma estrutura de sempre, lembra? Aqui temos algumas objeções com base em temas como apostasia, experiência cristã, etc. Temos também um subcapítulo inteiramente dedicado à breve, porém excelente, exposição de Hebreus 6:4-6, logo após temos outro subcapítulo seguido de uma conclusão.

7. No sétimo capítulo, intitulado Calvinismo e evangelho, o autor nos dá comparações sendo a primeira delas entre o evangelismo moderno com o feito antigamente ressaltando a corrida por membros das igrejas modernas, depois ele compara (ou seria conecta?) tudo isso com o evangelismo  arminiano, ele também aproveita o tema para desmistificar o evangelismo calvinista e para nos expor as características da Pregação Calvinista, em seguida, uma conclusão.

8. No último capítulo desta maravilhosa obra que deveria ser leitura obrigatória de todo cristão reformado, Paulo Anglada nos fala sobre Calvinismo e Vida Cristã. Neste capítulo temos nada mais do que os motivos pelo qual as antigas doutrinas da Graça são consideradas por ele (e por mim) aquilo de mais centralizado nas Escrituras, principalmente nos dias atuais, como por exemplo: Segurança de Salvação, Conforto nas provações, Humildade, Ousadia e Coragem, Tolerância para com crentes e descrentes, Sentimento mais profundo de gratidão e outras implicações práticas do Calvinismo.

    Concluindo o estudo no livro, Paulo Anglada menciona, em suas palavras, o melhor e mais conhecido arminiano, John Wesley, com seu sermão feito no funeral de Whitefield. Também menciona o comentário do bispo J.C.Ryle, sobre a teologia de Wesley.

  É isso, um livro sensacional que, sem dúvida, relerei logo logo. Espero que tenham gostado e até a próxima!

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A arte não precisa de justificativa

21:15 Unknown 1 Comments


Agora sim eu posso dizer que leio Rookmaaker (risos), na resenha de hoje vamos falar de um livro sensacional, A Arte não precisa de justificativa [Editora Ultimato], do principal historiador e crítico cultural protestante do século 20, Hans R. Rookmaaker.

Nosso autor estava trabalhando neste livro no momento de sua morte, 13 de março de 1977. Ele tinha vontade de fazer algo bem mais profundo e com maior número de páginas, mas isso nunca aconteceu, então os editores reorganizaram e revisaram tudo o que havia sido escrito, deixando “essencialmente o que o autor redigiu” através da ajuda de seu colega Graham Birtwistle. O livro é dividido em pequenos quatro capítulos, porém grandiosos em conteúdo, vamos lá:

No primeiro capítulo, O pano de fundo de um dilema, Rookmaaker nos dá um resumão da história com intuito de nos mostrar a função do artista no passado e assim contrastar com a sua função nos dias atuais, ele nos mostra como a arte foi ficando “religiosa”.

No capítulo dois vemos A resposta da igreja quanto a essa transformação da arte e dos artistas, subtítulos como As consequências do retrocesso; Um chamado à reforma; Prateiem, orem, pensem e trabalhem; nos dão um panomara de como a situação se encontrava naquela época de mudança da arte. “O resultado é que, apesar de muitas pessoas terem se tornado cristãs, o mundo se tornou totalmente secularizado – um lugar onde a influência cristã é praticamente nula.” (Pg.24)

Tendo em vista o isolamento do cristianismo no mundo, devemos saber qual  A tarefa do artista cristão. No início do terceiro capítulo vemos seu papel na reforma, Rookmaaker ressalta que eles têm de ser parte disso, têm de ser parte desse movimento chamado de reforma, “um retorno ao Senhor em busca da verdade, do caminho e da vida que estão em Cristo Jesus”. O autor nos ensina que a “arte evangelística” é boa, mas tem sido usada de forma errada, ele nos diz que “a arte não pode ser usada para mostrar a validade do cristianismo – deve ser o contrário” e continua, “O cristianismo verdadeiro [...] só alcança seu significado a partir do seu relacionamento com Deus”. Esses e outros temas são abordados neste mesmo capítulo.


No último capítulo (o “mais longo”), Diretrizes aos artistas, vemos instruções aos artistas cristãos, Rookmaaker compara arte com alguns aspectos da vida, como realidade e sociedade, ele ainda nos ensina as normas da arte, nos mostra a diferença entre norma e gosto, os problemas entre arte e estilo, e ainda discute sobre fama e anonimato dentre outros subtítulos extraordinários, enfim, um livro incrível e que com certeza merecia 800 páginas. Confesso que tive algumas dificuldades, talvez por não estar acostumado com a linguagem e o vocabulário filosófico, mas é uma leitura muito boa e que pode ser feita em pouco tempo. Uma obra sensacional que deve ser lida por todos, não só cristãos, mas todos. Então, nem preciso dizer que está mais do que indicado, não é mesmo? Boas leituras e até a próxima!

Especificações

Autor: H. R. Rookmaker
Páginas:  80
Editora: Editora Ultimato
Sinopse: A Arte Não Precisa de Justificativa é uma leitura para todos os cristãos que desejam usar seus talentos para a glória daquele que os presenteou. É um chamado aos artistas, artesãos e músicos cristãos para que chorem, orem, pensem e trabalhem. Para o autor, qualquer discussão sobre o papel da arte deve ser precedida por uma afirmação básica: a arte não precisa de justificativa — nem por motivos religiosos ou propósitos evangelísticos, nem por fins econômicos ou políticos.
Sobre o autor: Autor de A Arte Não Precisa de Justificativa, Hans R. Rookmaaker (1922-1977) foi fundador e professor do departamento de história da arte da Universidade Livre de Amsterdã e, talvez, o principal historiador e crítico cultural protestante do século 20. Deixou dezenas de livros publicados, abordando as relações entre a cultura e o cristianismo, centenas de artigos, como também departamentos de arte estruturados tanto na Europa como nos Estados Unidos.
Onde comprar: http://www.culturaemissao.com/pd-1abdda-a-arte-nao-precisa-de-justificativa.html?ct=&p=1&s=1



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Resenha: Batalha Espiritual - Renato Vargens

05:34 Unknown 1 Comments




O livro Batalha Espiritual, do querido pastor carioca, Renato Vargens, é um leitura indispensável para os nossos tempos. O livro tem o intuito de responder perguntas freqüentes sobre o conflito dos crentes com Satanás. Nós vemos hoje, claramente, no mercado gospel, uma proliferação de livros sobre o assunto. E esse é um dos, senão o mais, discutido em nossos dias. E o que torna a leitura dele fundamental é o fato de que, diferente da maioria dos autores, o pastor Renato aborda o tema de forma bíblica.

O livro foi escrito literalmente a base de perguntas. Cada capítulo trás um questionamento, todos muito comuns em nossos dias, pode ser que, assim como eu, você já tenha feito tais perguntas. O pastor, na maior parte dos casos, antes de nos apresentar a argumentação bíblica, nos mostra o argumento dado por aqueles que são adeptos do movimento de batalha espiritual. Logo após isso, ele expõe o quão erradas estão essas visões, e com isso nos é apresentado o que a Bíblia fala.

Algumas perguntas parecem ser ‘bobas’ aos olhos daqueles que já têm certo conhecimento, porém, é de extrema importância que elas sejam respondidas. Há aqueles que crêem que essas perguntas nem deveriam ter nossa atenção, pois apenas um analfabeto espiritual faria esses questionamentos. A esses, que na maioria dos casos são jovens, eu deixo um trecho de um dos livros do Helmut Thielicke:


“... se o teólogo não consegue levar a sério as objeções levantas pelas pessoas simples e humildes ou pelo trabalhador comum e se ele pensa (embora dificilmente venha dizê-lo) que o proletariado espiritual não tem consciência das questões mais delicadas e não deve se envolver com elas – como dizem membros desses clubes esotéricos –, então certamente há algo errado com a ´sua´ teologia.” (Thielicke, 1962)[1]


O que torna o livro genial é que o pastor trata dos dois extremos. Enquanto há aqueles que dão uma atenção demasiada ao Diabo, há também aqueles que nem sequer crêem que ele existe. Como diria Spurgeon: “é estranho que filhos não creiam na existência do próprio pai”. O pastor Renato já começa o livro tratando sobre esse assunto, nos mostrando, com base bíblica, que Satanás existe sim, e está agora em posição exatamente oposta a Deus, só que, totalmente submisso a Deus. Já dizia Lutero: “O Diabo é o Diabo de Deus”.

O pastor então termina o livro dando a prescrição do remédio que igreja precisa. Pois de nada adianta expormos o sintomas, sendo eles as distorções teológicas, as incongruências de nossa igreja, sem que o remédio seja dado. E ele é nada mais nada menos do que voltar as Escrituras. Basta todos nós voltarmos as Escrituras, e bradarmos juntos: Sola Scriptura!!!

Especificações

Autor: Renato Vargens
Páginas: 68
Editora: Visão Cristocêntrica Publicações
Sinopse: O pastor Renato Vargens, neste livro, responde a questões levantadas no dia a dia na vida dos evangélicos brasileiros. Com uma linguagem acessível e até mesmo coloquial, ele expõe a fragilidade e os perigos de práticas distorcidas relacionadas à guerra espiritual.
De forma bíblica e direta, as principais perguntas são respondidas com amor cristão, com o claro objetivo de proteger o rebanho de Deus de falsos ensinos. Sem, em nenhum momento, negar a realidade do Diabo e de sua guerra aberta contra os seres humanos, Renato Vargens demonstra como podemos discernir o erro e confiar somente em Cristo, aquele que publicamente expôs os principados e potestades ao desprezo, ao vencê-los através de Sua morte sacrificial em nosso lugar (Colossenses 2:15).Que o leitor seja ricamente abençoado com a leitura deste livro e seja instrumento nas mãos de Deus para ajudar outros na árdua estrada da caminha cristã."
Onde comprar: Você poderá adquirir os livros do Pastor Renato Vargens por aqui (http://renatovargens.blogspot.com.br/p/livros-do-pastor-renato-vargens.html) e recebê-los em qualquer lugar do país por preços promocionais.
Para maiores informações, inclusive preço, escreva para renato.vargens@gmail.com


[1] Livro recomendações aos jovens teólogos e pastores, Thielicke, 2014, Vida Nova


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1X1L: O Grande Triundo

12:43 Unknown 1 Comments


Primeiramente, creio que seja necessário dizer o que é 1X1L, pois é isso que vocês devem estar se perguntando. O 1X1L significa "uma xícara, um livro” que será uma série, se posso assim dizer, de resenhas de livros pequenos, que se lê em uma xícara de café, ou chá, rsrs. Por conseqüência, a resenha também será pequena. Vale dizer também que nem sempre todos os livros pequenos estarão aqui, haverá livretos que por causa do seu conteúdo, possam ter uma resenha grande. Dito isso, vamos para o primeiro livreto.

O livro O Grande triunfo, lançado pelo blog Vida de Graça, tem o intuito de nos ensinar sobre a expiação que Cristo fez na cruz do Calvário e suas conseqüências. Como os autores, Pedro Pamplona e Matheus Fernandes, deixam claro, eles não têm o intuito de esgotar o assunto. Mas nem por isso eles permanecem na superfície, mesmo com um número de paginas pequeno, eles conseguem nos levar a entender melhor esse ato glorioso que foi feito por amor de nós. Os autores também esclarecem certos versículos que muitos vêem como uma contradição, levando em conta que a expiação de Cristo foi definitiva.

Este livreto é uma ótima introdução para aqueles que querem conhecer melhor esse assunto, e para os que já conhecem também. Eles, os autores, além de nos mostrarem a doutrina bíblica sobre o assunto, também nos apresentam diversas interpretações sobre assunto, e em seguida, nos levam a entender o porquê elas estão erradas. Dito isso, aconselho esse livreto a todos que querem conhecer sobre o que nosso Senhor fez ao vir nesse mundo. Desde o neófito ao que já tem certo conhecimento. Não há nada melhor que conhecer mais do nosso Deus.

"Quando os ovos de chocolate começam a encher os supermercados minha mente se volta em especial para o Calvário. A semana santa nos lembra de tudo que acontece antes, durante e depois da subida de Jesus naquele monte. O ápice da paixão de Cristo é, sem dúvidas, a cruz. Ali estava o grande triunfo! E é para lá que meus olhos se voltam, não para o coelho, mas para o cordeiro. O que o Rei dos reis estava fazendo ali? Não é tão simples assim responder. A cruz revela uma doutrina difícil e gloriosa: a expiação."

Soli Deo Gloria


Especificações

Autor: Pedro Pamplona e Matheus Fernandes
Páginas:  29
Editora: Vida de Graça
Onde baixar: http://vidadegraca.com/ebook-gratuito-sobre-a-doutrina-da-expiacao/


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Resenha: Vida em Comunhão

11:37 Unknown 0 Comments


O livro Vida em Comunhão, escrito pelo admirado alemão Dietrich Bonhoeffer, tem como objetivo nos ensinar a valorizar a comunhão de vida entre irmãos e irmãs na fé. Esta obra foi escrita logo após o acontecimento ocorrido em 1937, onde agentes da Gestapo fecharam o seminário clandestino ligado à Igreja Confessante (crítica ao regime nazista) que ele dirigia. Depois de viver por um bom tempo em reclusão com cerca de vinte estudantes de teologia, neste seminário, Bonhoeffer começa a experimentar um tempo de solidão, devido ao aumento das perseguições. Alguns só entenderam a comunhão quando não puderem mais saboreá-la.

O livro, que contém 108 páginas, é divido em cinco capítulos, sendo o primeiro sobre a comunhão.  Dietrich começo nos mostrando que o fato dos cristãos já agora, no presente século, puderem desfrutar de uma comunhão visível, é uma antecipação misericordiosa de Deus das coisas derradeiras. Ele diz que “a presença física de outros cristãos constitui para o cristão uma fonte de alegria e fortalecimento inseparáveis”[1]. Mas que, nem todos cristãos desfrutam desta dádiva, as pessoas presas, doentes, solitárias, que pregam o evangelho em terras pagãs não têm tais privilégios. E para essas pessoas um único momento com um irmão na fé pode ser visto como um sinal da misericórdia de Deus em sua vida, o que facilmente, pode passar despercebido, ou até mesmo ser desprezado, por aqueles que usufruem desse privilégio diariamente.

Ainda no primeiro capítulo Bonhoeffer argumenta sobre uma questão muito pertinente em nossos dias, a busca pela comunidade, comunhão, perfeita. E de como isso, esse ideal de comunhão, pode acabar com a verdadeira comunhão. O autor também traça uma diferença, muitíssimo interessante, entre a comunhão pneumática e a comunhão anímica. Aquela é fundamenta na palavra de Deus clara e revelada em Cristo; já esta é fundamentada em estímulos e anseios obscuros e turvos da alma humana. “Como é bom, como é agradável habitar todos juntos como irmãos!” (Salmos 133.1).

Já no segundo capítulo Bonhoeffer discorre sobre a devoção matinal, a qual é composta por: a palavra da Escritura, os hinos da igreja e a oração da comunidade. Ao decorrer do capítulo ele explana cada um desses três pilares de uma forma magnífica. Além disso, ele também disserta sobre a questão dos Salmos como oração. Assumo que, nunca tinha lido nada equivalente. Depois de ler e entender cada palavra escrita por esse alemão na explanação de tal tema, admito que o livro Orando com os Salmos[2], também dele, se tornou preferência entre as minhas próximas leituras.

No terceiro capítulo, A Solidão Diária, Bonhoeffer começa traçando seu pensamento acerca do silêncio, uma das características da solidão, e de como ele se faz necessário, e importante, caso seja usado da forma certa. Logo após isso, Dietrich nos mostra três atitudes que devem fazer parte da rotina de um cristão, sendo elas: a meditação na Palavra, a oração e a intercessão. Assim como no segundo capítulo, ele, aqui também explana cada um desses três pilares. E argumenta o porquê desses momentos serem necessários, mesmo já tendo-os na devoção conjunta. Ele deixa claro que “isso não tem nada haver com legalismo, isso é disciplina e fidelidade”.[3]

Bonhoeffer começa o quarto capítulo com uma passagem muito famosa, onde os discípulos, os doze, têm uma discussão sobre qual deles seria o maior (Lc 9.46). Ele nos mostra como essa ‘disputa’ surge inconscientemente em nosso meio, e de como ela é danosa para comunhão, podendo até levá-la à ruína. Como Dietrich nos mostra no decorrer do livro, uma de suas características é o fato de não se deixar nenhum problema sem solução, e é isso que ele faz também neste capítulo. Logo após mostrar tal problema, nos é apresentada a solução do mesmo.

Ainda no mesmo capítulo, Serviço, Dietrich explana sobre a questão do trabalho. Imediatamente ele nos mostra que o serviço da Palavra de Deus não é o único serviço, mesmo que, todos os outros estão orientados para ele. Bonhoeffer escreve que “a comunidade cristã não se constitui só de pregadores”[4]. Após isso ele descreve os outros tipos de serviços que são de extrema importância para saúde da comunidade.

“Na comunhão cristã, tudo depende de que cada pessoa se transforme num ele indispensável de uma corrente. A corrente será inquebrável só quando o menor elo engrenar com firmeza também. Uma comunidade que tolera a existência de membros que não são aproveitados irá à ruína através deles. Será, pois, conveniente que cada pessoa receba uma tarefa determinada dentro da comunidade, para que, em momentos de dúvida, saiba que também ela não é inútil e inaproveitável. Toda comunhão cristã deve saber que não apenas os fracos necessitam dos fortes, mas que também os fortes necessitam dos fracos. A exclusão dos fracos é a morte da comunhão”.  (Bonhoeffer, 1983)[5]

Por fim, Bonhoeffer nos dá um desfecho excepcional, onde ele termina nos falando sobre a confissão fraternal, de sua importância, e de como ela nos ajuda a vencer o pecado. Antes da leitura do último capítulo, Confissão e Santa Ceia, eu já tinha certo pensamento sobre o assunto, mas após tal leitura, ele esse expandiu demasiadamente. “Foi o próprio Cristo que sofreu publicamente em nosso lugar a morte-vergonha do pecador. Não se envergonhou de ser crucificado como malfeitor. E não é nada mais que a comunhão com Jesus Cristo que nos conduz à morte vergonhosa de Cristo. Essa cruz destrói a soberba”, diz o autor.[6]

Levando em conta que os cristãos de hoje não compreendem de fato a vida cristã em comunhão, essa obra se faz extremamente necessária. Caso seja possível, aconselhá-lo-ias a fazerem a essa leitura em grupo. Juntem aqueles que partilham da fé em Cristo, e leiam este livro com intuito de crescer em fé e comunhão. O livro requer um pouco de dedicação para entendê-lo corretamente, portanto ao lê-lo, faça de tudo para se focar totalmente. E volte quantas vezes for necessária. Pois, ele usado de maneira correta, tem um valor imensurável para Igreja contemporânea. Pretendo lê-lo muitas vezes no decorrer da minha vida cristã, portanto, o recomendo veemente.    

Especificações

Autor: Dietrich Bonhoeffer
Páginas:  108
Editora: Editora Sinodal
Sinopse: Mestre da espiritualidade contemporânea, Bonhoeffer nos ensina a valorizar a comunhão cristã e a vida em comunidade, o compartilhar de vida entre irmãos e irmãs na fé. Sobressaem nesta obra a importância da libertação total da pessoa, livre de toda hipocrisia e a aceitação irrestrita entre as pessoas. A comunhão de que fala Dietrich Bonhoeffer não é a comunhão de pessoas justas, mas de justificadas, libertas pela graça de Deus.
Onde comprar: https://www.editorasinodal.com.br/produto/96357/vida-em-comunhao

                     

[1] Dietrich Bonhoeffer, Vida em Comunhão (Editora Sinodal, 1983), p. 11
[2] O livro Orando com os Salmos, escrito pelo alemão Dietrich Bonhoeffer foi publicado no Brasil pela editora Encontro. No livro Orando com os Salmos ele compartilha sua experiência de oração como o saltério, prestando um auxílio indispensável para a nossa vida de oração pessoal e comunitária
[3] Dietrich Bonhoeffer, Vida em Comunhão (Editora Sinodal, 1983), p. 75
[4] Dietrich Bonhoeffer, Vida em Comunhão (Editora Sinodal, 1983), p. 85
[5] Dietrich Bonhoeffer, Vida em Comunhão (Editora Sinodal, 1983), p. 82
[6] Dietrich Bonhoeffer, Vida em Comunhão (Editora Sinodal, 1983), p. 100

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Resenha: O que estão fazendo com a igreja – Ascensão e queda do movimento evangélico brasileiro

10:44 João Vitor Araújo 2 Comments



  Lançado em 2008, mas bem atual,O que estão fazendo com a igreja – Ascensão e queda do movimento evangélico brasileiro (Augustus Nicodemus) - para mim, é considerado um clássico, não só para cristãos mais experientes, digamos assim, que querem saber como anda o movimento evangélico brasileiro de uma ótica reformada e/ou sistemática, mas também para aqueles que estão chegando agora e têm pouca ou absolutamente nenhuma noção de como está o cenário evangélico nesses dias, aliás, o uso desse termo (evangélico) é discutido logo no primeiro capítulo. Como nos classificar: Cristãos, evangélicos, protestantes ou reformados? A direção que o movimento está tomando, provocou um “distúrbio de classificação”, onde até mesmo dizer “sou evangélico”, pode abordar muitas outras coisas das quais não queremos fazer parte, por exemplo, se digo que sou evangélico posso ser confundido com neopentecostais, o que não seria nada agradável.
  O livro tem 201 páginas e é dividido em seis partes, cada uma referente a um grupo que você vai entender melhor a seguir, continue lendo que eu vou falar de cada um deles resumidamente:

1ª parte: Neste bloco, o autor já começa com uma forte indagação: O que aconteceu com os evangélicos no Brasil? Sendo também o título do capítulo. Neste capítulo, ele nos dá um breve histórico de como tudo veio parar onde parou e, na sequência, no capítulo dois, Augustus fala da alma católica dos evangélicos no Brasil, hábitos e práticas que não abandonamos mesmo após a conversão. Algo bem introdutório mesmo.

2ª parte: Bem, aqui existem 13 capítulos bem curtos onde o autor apresenta e aborda muito bem sobre os liberais, suas características, heresias e como eles têm se infiltrado mais e mais na igreja. Três capítulos que destaco são: Não se fazem mais liberais como antes, capítulo três, É claro que há mitos na Bíblia! E Liberais levam cano dos católicos, capítulos sete e quinze respectivamente.

3ª parte: Nesta parte, em apenas quatro capítulos, Nicodemus trata dos neo-ortodoxos. A partir do capítulo dezesseis, no qual começa este bloco, lemos sobre as influências liberais que sofreram os neo-ortodoxos, as quais Augustus chama, num subtópico, de crítica destrutiva à Bíblia em seu método de interpretação bíblica, dentre outros assuntos abordados.

4ª parte: Na antepenúltima parte, conhecemos os libertinos que, apesar de terem o nome bem parecido com os liberais “[...] são diferentes. [Eles] também mencionam a liberdade cristã, a liberdade de consciência e a liberdade da lei, só que querem também ser livres de Deus e do próximo. Não percebem a liberdade dada por Cristo como um estímulo para viver em obediência a Deus e serviço ao próximo, mas como uma licença para serem livres para fazerem o que tiverem vontade [...]”. Este bloco é formado por quatro capítulos.

5ª parte: Já neste bloco, divido em cinco capítulos, vemos expostas as facetas e tramanhas dos neopentecostais, não desses que você imagina, mas sim dos “neopentecostais meia-boca”, como o autor os chama, se referindo aos líderes de denominações grandes e tradicionais que seguem a influência do atual boom neopentecostal, como meio de atrair mais pessoas. No fim das contas, suas igrejas permanecem vazias como nunca.

6ª parte: E para encerrar, na sexta e última parte, dividida em rápidos quatro capítulos,
Temos uma breve passagem pelos Fundamentalistas, reformados e puritanos. O autor encerra com uma maravilhosa declaração:

“[...] creio ser necessário um genuíno quebrantamento espiritual entre os pastores, que nos humilhe diante de Deus, nos leve a sondar nossa vida e ministério, a renovar nossos compromissos pastorais,  buscar a plenitude do Espírito Santo e a buscar Sua glória acima de tudo[...]”.



   Um livro realmente incrível, dei 4 estrelas no Skoob, indico mesmo e pretendo reler esta maravilhosa obra novamente em breve. Até a próxima! 


Especificações
Autor: Augustus Nicodemus
Páginas:  208
Editora: Mundo Cristão
Sinopse: Um manifesto reformado Desde 2005, três amigos se revezam nos comentários sobre os mais diversos assuntos que se referem à vida da igreja e à sociedade. Em comum, a pena afiada, a identidade reformada e o zelo pela fé cristã. O palco escolhido por Augustus Nicodemus, Mauro Meister e Solano Portela é o blog O tempora, O mores (Que tempos os nossos! E que costumes), referência à célebre frase de Cícero (106-43 a.C). Dentre as centenas de textos postados por eles, Augustus Nicodemus selecionou alguns dos seus para se projetarem além da blogosfera, e assim oferecer suas percepções sobre a igreja evangélica e sobre o que entende ser a ascensão e queda do movimento evangélico brasileiro. Liberais, neo-ortodoxos, libertinos e neopentecostais, não escapam da escrita certeira de Augustus, cujo objetivo com a publicação de O que estão fazendo com a igreja vai muito além da simples (e saudável) polêmica. Seu desejo é fortalecer os que insistem em seguir a fé bíblica conforme entendida pelo cristianismo histórico. Sem esquecer as mazelas de conservadores, fundamentalistas e neopuritanos, Augustus traça um panorama do complexo cenário evangélico com a firmeza que lhe é peculiar.
  

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Resenha: Polêmicas na Igreja – Doutrinas, práticas e movimentos que enfraquecem o cristianismo

13:00 Unknown 3 Comments


O livro Polêmicas na Igreja – Doutrinas, práticas e movimentos que enfraquecem o cristianismo é o mais novo lançamento, do nosso queridíssimo, reverendo Augustus Nicodemus, pastor, professor e vice-presidente da Igreja Presbiteriana do Brasil (IPB). Por esse fato minhas expectativas sobre ele (livro) estavam bem altas, e ao ler, fui surpreendido pois não era nada do que eu esperava. Essa frustração pode ter sido fruto da minha falta de pesquisa sobre o livro, e, o fato de não ter levado as palavras escritas no prefácio pelo reverendo Leandro Lima a sério, onde ele definia o livro como simples. E é exatamente isso que o livro é: simples.

O livro é composto de artigos que o rev. Augustus postou em suas redes sociais, onde ele aborda diversos assuntos que vêm sendo discutidos entre cristãos de todas as partes, e que, se mal interpretados podem causar sérios problemas em nossas igrejas. Você lerá de universalismo a homossexualismo, de cessacionismo a julgamento. Portanto, o livro não tem um tema em específico, o que me chateou demais. E, por ser um conjunto de artigos, ele se torna simples, sem aprofundamento, o que, creio eu, todos esperam de uma obra do reverendo. Creio que ele se assemelha muito com os vídeos do bispo Walter McAlister, simples, porém, esclarecedores e introdutórios.

O que também me levou ao desapontamento com respeito a esse lançamento foi o fato de eu já ter lido uma boa parte dos artigos que fazem parte desta obra. Aqueles que acompanham o Nicodemus, e mais especificamente seu blog, “O Tempora, O Mores”, terão a mesma experiência. A esperança por algo, no mínimo, “novo”, que todo livro traz, foi por água abaixo quando me deparei com textos que já tinha lido mais de três vezes. Eu me senti em frente a uma tela de computador, lendo os artigos marcados no favorito. Mas nem por isso desanimei, continue a minha leitura buscando algo diferente e refrescar a minha mente com os anteriormente lidos.

Vale ressaltar que não achei o livro ruim, mas sim que não era o que eu esperava. Acredito que essa obra pode ser uma ótima leitura para um recém convertido, ou até mesmo, um recém reformado. Ela é uma ótima introdução para os que buscam entender um pouco sobre os assuntos que permeiam a igreja cristã atualmente, em razão de o livro não ser simplista, mas sim simples - o que são coisas bem distintas. E isto é algo que eu tenho que elogiar, mesmo não usando de muitas páginas, cerca de 2 a 6 no máximo, para abordar os assuntos, ele consegue nos dar uma boa e bíblica argumentação sobre assunto, mesmo sem ser aprofundada.

Por assim dizer, recomendo-o àqueles que buscam se “atualizar” em relação aos assuntos atualmente discutidos na igreja, para que não caiam em seus erros, que podem ser um tanto danosos para a igreja. Já aos que estão por dentro destes assuntos, suponho que não vale muito a pena, a não ser que você queira ter mais uma obra do Nicodemus na sua biblioteca.


Especificações
Autor: Augustus Nicodemus
Páginas: 224
Editora: Mundo Cristão
Sinopse: Augustus Nicodemus é um dos principais teólogos da atualidade no Brasil. Sua intensa atividade na internet influencia uma multidão de ávidos seguidores em busca de uma abordagem cristocêntrica e reformada. Em Polêmicas na Igreja, ele apresenta sua visão sobre os principais temas que desafiam a Igreja em nossos dias e que podem comprometer a fé cristã, caso não sejam adequadamente analisados. Nesta obra você descobre como a Bíblia pode nos ajudar a compreender assuntos diversos e críticos, como homossexualidade, fé e cultura, espiritualidade e religiosidade, céu e inferno, verdade e pluralidade, dons espirituais, unção e outros que florescem em discussões acaloradas entre cristãos.

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